Projeto do governo obriga call centers a pararem com 'empurra-empurra'
Empresas só poderão transferir ligação de cliente uma única vez.
O ministério da Justiça detalhou nesta segunda-feira (28) as medidas que prometem diminuir o sofrimento de quem liga para os call centers, o serviço de atendimento ao cliente das empresas.
Ligar para o serviço de atendimento ao cliente de uma empresa é dor-de-cabeça na certa.
“Ficam repetidamente perguntando qual é o meu nome, onde eu moro, qual é o meu CPF, confirma isso e aquilo outro. Eu acho que é uma perda de tempo”, disse o administrador de empresas Orlando Moreira.
Nesta segunda-feira, o Ministério da Justiça explicou as novas regras para o funcionamento das centrais de atendimento ao consumidor. Elas serão apresentadas num decreto. As empresas terão 120 dias para se adaptar.
O consumidor terá que ter, desde o início da ligação, a opção de falar direto com o atendente.
As empresas serão obrigadas a fornecer, em até 72 horas, todo o histórico da reclamação, caso o documento seja solicitado pelo cliente.
As empresas terão o prazo de cinco dias úteis para dar a resposta para o problema.
Nos cinco meses em que assunto foi discutido no Ministério da Justiça, não houve dúvidas: o que mais irrita o consumidor é o jogo de empurra-empurra quando ele diz que quer cancelar um serviço. E para esses casos, o decreto também traz uma novidade: o menu eletrônico deverá conter a opção de cancelamento do serviço. Esse cancelamento deverá ser imediato. A ligação só poderá ser transferida uma vez e demorar no maximo um minuto. E o consumidor não terá que repetir o problema nem os dados cadastrais.
As centrais terão de funcionar vinte e quatro horas, sete dias por semana.
No último sábado (26), o ministro da Justiça tentou resolver um problema com uma empresa de celular.
"Eu cheguei para usar o meu telefone, a minha secretária tinha esquecido de pagar o telefone e eu liguei no sábado para o call center e qual foi a resposta? Só funcionamos de segunda a sexta", disse o ministro da Justiça Tarso Genro.
Ao entrar para a estatística dos brasileiros vitimas das centrais de atendimento, o ministro ficou irritado. “Bravo e sem telefone”, brincou Genro.
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Parece que todos os call centers também terão que ter uma linha exclusiva, com funcionários de plantão 24 horas por dia, para resolver qualquer problema do ministro...
Agora, só nos resta esperar que o ministro seja assaltado para resolver acabar com o problema da violência.
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