O rico e o pobre

sábado, 5 de setembro de 2009

O Brasil, apesar de ter uma das maiores economias do mundo, é um dos campeões de desigualdade social. Temos 50 milhões de miseráveis (29.3% da população brasileira tem renda mensal inferior a 80 reais per capita). O custo agregado para erradicação da indigência brasileira corresponde a 1.69 bilhões mensais ou 3.81% da renda familiar. Ou seja, está perfeitamente dentro do orçamento social dos três níveis de governo 20.9% do PIB. O cálculo é do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas. O estudo apresenta estes e outros cálculos para cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes.

As regiões Norte e Nordeste são as mais pobres, e os dados sobre raça mostram com clareza que a discriminação contra os índios e a população negra persiste na sociedade brasileira. Os negros correspondem a 47,3% da população brasileira e representam 66% do segmento mais pobre. É reconhecido que as mulheres negras são as mais pobres entre a população pobre.

A desigualdade social no Brasil, medida pelo índice de Gini, recuou entre janeiro e junho de 2009. Segundo estudo do instituto, que foi feito com base nos números da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, o chamado "coeficiente" de gini, que busca medir a desigualdade social, atingiu 0,493 em junho deste ano, o menor patamar desde que houve revisão metodológica em 2002. Em janeiro deste ano, estava em 0,514. Deste modo, houve uma queda de 4,1% no período avaliado.

Apesar dos números serem cada vez mais favoráveis, e a distância dos mais ricos e os mais pobres vir diminuíndo, essa distância continua, e assim será por um bom tempo, gigante. Essa diferença não se restringe a parte financeira, e é na parte cultural que ela se acentua mais. Os habitos comuns do cotidiano do cidadão mais abastado diferem muito dos praticados pela parte menos privilegiada da população.

É o que mostra o comediante Ary Toledo, nessa inspiradíssima canção denominada "O rico e o pobre":

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