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domingo, 1 de junho de 2008

Índios voltam para palestra armados após atacar engenheiro

Os índios caiapós que atacaram e feriram na terça-feira (20) um engenheiro da Eletrobrás em Altamira, no Pará, voltaram ao mesmo lugar do confronto armado com os mesmos facões para a continuação do encontro nesta quarta-feira (21).

Mas, a polícia diz que o facão faz parte da cultura dos índios e seu uso não poderia ser proibido. Juristas e autoridades federais discordam.


Nesta quarta-feira (21), mais de 500 índios retornaram ao ginásio onde acontece um encontro para discutir o projeto da hidrelétrica de Belo Monte. De novo, muitos deles traziam facões. Apesar do policiamento reforçado, não tiveram problemas para entrar no ginásio armados, embora esta não seja a interpretação da Polícia Federal.

“Os índios entram sempre com seus apetrechos que comumente utilizam em suas manifestações. Não podemos dizer que estavam armados porque também são instrumentos de trabalho”, disse o superintendente da Polícia Federal no Pará, delegado Manoel Fernando Abbadi.

Mas, na terça-feira, os facões foram usados para ferir o engenheiro da Eletrobrás, Paulo Fernando Rezende.

A Polícia Federal abriu inquérito para apurar o caso. As imagens serão usadas para identificar os agressores que deverão responder por lesão corporal.

O presidente da Funai defendeu a punição dos responsáveis.

"É um inquérito normal; os índios são cidadãos brasileiros, como qualquer outro cidadão brasileiro está sujeito a toda legislação brasileira”, disse o presidente da Funai, Márcio Meira.

O engenheiro foi para o Rio de Janeiro onde mora e preferiu não falar com a imprensa.

Em Belém, a Polícia Federal informou que a responsabilidade pelo policiamento no evento é do estado do Pará.

“O policiamento era de responsabilidade do governo do estado”, disse o superintendente da PF no Pará.

Depois do ataque ao funcionário da Eletrobrás, ninguém foi preso.

Por telefone, o assessor de imprensa da Secretaria Estadual de Segurança Pública do Pará confirmou que na terça-feira a Polícia Militar estava no evento, mas não no auditório onde a agressão aconteceu.

“A Polícia Militar estava do lado de fora para garantir a segurança da realização do evento. Veja bem o seguinte, índio é um índio, homem civilizado é outra coisa. O índio tem as próprias leis dentro da aldeia”, disse o assessor de imprensa da Secretaria Estadual de Segurança Emanuel Vilaça.

“O conflito de competência não nos interessa, nos interessa que a violência está acontecendo, quem deve guardar é o estado brasileiro, independentemente de ser o governo federal ou estadual. Todos têm o dever de prevenir a violência e evitar a morte naquela região”, disse o presidente da OAB nacional, Cezar Britto.

No Rio, o novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, também comentou a agressão.
“Isso deve ser evitado de forma preventiva e não repressiva. Foi uma cena de truculência que talvez pudesse ter sido evitada com explicação, carinho e alternativa”, disse Minc.

Fonte: G1

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Essa propaganda confirma a tradição do uso do facão pelos índios. Antes da Chegada dos portugueses a Tramontina já tinha surgido por aqui:



E eu achando que o índios usavam arco e flecha...

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